quarta-feira, 6 de abril de 2011

BH recebe 62ª Exposição Oficial de Orquídeas e a 17ª Exposição Nacional da Cattleya Walkeriana

Evento é aberto ao público, gratuito e acontece de 29 de abril a 01 de maio, no Minascentro






De 29 de abril a 01 de maio, Belo Horizonte receberá a 62ª Exposição Oficial de Orquídeas e a 17ª Exposição Nacional da Cattleya Walkeriana, que acontecerá no Minascentro (entrada pela Av. Augusto de Lima nº 785). O evento aberto ao público, com entrada franca é promovido pela Sociedade Orquidófila de Belo Horizonte.



O público poderá apreciar a beleza rara dessa planta e conhecer seus diferentes gêneros e espécies, perfumes, cores e formatos. Além disso, poderá saber mais sobre o seu cultivo e preservação, dentro da programação de palestras do evento.



Quem quiser aproveitar a beleza das flores e levar uma para casa, pode comprar tipos diferentes de orquídeas, produzidas em laboratórios, o que oferece maior segurança ao consumidor de que estão livres de pragas e doenças (insetos e fungos).



A abertura solene da exposição acontecerá no dia 29 de abril, de 20 às 22 horas. No sábado (30 de abril ) a exposição estará aberta à visitação pública de 9 às 22 horas e, no domingo (01 de maio), de 9 às 18 horas. De acordo com o presidente da Sociedade Orquidófila de Belo Horizonte, Euro Magalhães, o objetivo principal da exposição, que acontece desde 1949 na Capital, é incentivar e conscientizar à população sobre o cultivo e a preservação da planta. Segundo ele, haverá a participação de orquidófilos de Minas Gerais e de várias partes do Brasil, além de representantes do Japão e América do Sul.



Mais informações sobre a exposição podem ser obtidas pelos telefones (31) 3564-7922/7933, pelo site www.sobh.org.br ou pelo e-mail sobh@sobh.com.br.



Concurso de Orquídeas

No primeiro dia da exposição (29/04), de 13h30 às 18 horas, haverá um concurso entre os orquidófilos participantes, que concorrerão a 33 prêmios e quatro troféus. Os juízes farão dois tipos de avaliações. Um deles é voltado apenas à Cattleya Walkeriana Gardner, onde serão avaliadas espécies como: Lilás (típica e rubra); Alba e albescens; Coerulea e coerulescens; Semi-alba, pérola,suave e suavíssima e outras variedades (vinicolor, flâmea, concolor, rosada, etc.).



Na ocasião, outras espécies de orquídeas também serão julgadas, entre elas: as espécies brasileiras, as espécies estrangeiras e as híbridas. Também haverá julgamento das micro-orquídeas.



Sobre a Cattleya walkeriana


A Cattleya walkeriana foi descoberta por Gardner, em 1839, próximo ao rio São Francisco (MG). Hoje mundialmente conhecida, a planta é apreciada pelos belíssimos híbridos que tem produzido, e é encontrada nas regiões mais diferentes do Brasil, seja crescendo sobre pedras ou sobre árvores, nos Estados de Goiás, São Paulo, Mato Grosso e Minas Gerais.

A fácil adaptabilidade dessa espécie se comprova na maneira como é cultivada. No Brasil, que abriga todos os tipos de clima, temos visto a Cattleya walkeriana cultivada em vasos de cerâmica baixos e furados (chamados piracicabanos), em vasos comuns com xaxim desfibrado, em pequenos pedaços de casca de árvore (peroba, aroeira, ipê, etc.), em casca de pinheiro, em placas de xaxim ou, ainda, em muros de pedra. É uma planta que tolera muito bem a luz solar intensa. Gosta de ambientes bastante ventilados, detestando substratos encharcados.



Sobre as orquídeas



As orquídeas constituem uma família botânica denominada Orchidaceae. É um dos grupos de plantas com maior diversidade, contando mais de 25.000 espécies naturais conhecidas. Elas florecem em quase todas as latitudes, exceto na calota polar ártica e na Antártida, e em quase todas as altitudes. Mas nas regiões tropicais e subtropicais é que se concentra o maior número de espécies. Algumas vegetam e crescem diretamente no solo, outras sobre as pedras e outras sobre árvores.



As adaptações a diferentes ambientes (temperatura, luz, umidade, ventilação) e diferentes polinizadores fizeram que as orquídeas desenvolvessem grande variedade de estruturas vegetativas e florais, o que às vezes confunde e dificulta o seu reconhecimento como integrante da grande família Orchidaceae. Algumas são de pequeno porte e as flores não ultrapassam, em sua maior dimensão - dois milímetros, enquanto que outras crescem acima de dois metros e as flores têm mais de 12 centímetros de diâmetro.



Existe uma orquídea “padrão” no imaginário popular e ela se identifica como sendo do gênero Cattleya, ou híbrido desse gênero. Mas trata-se de algo que subsiste principalmente por serem estas, as Cattleyas, reconhecidas como muito decorativas. O que se pode dizer é que a variedade de formas que a flor da orquídea apresenta só é superada pela variedade de combinações de cores.



Vale ressaltar que a orquídea tem morfologia muito bem definida pelos botânicos. Peculiares são as suas raízes, o caule e as folhas, mas o que melhor as distingue, pelo menos para o leigo, são as flores. Elas são trímeras, ou seja, suas peças mais vistosas aparecem sempre em número de três (três sépalas e três pétalas). Uma das pétalas é diferenciada em colorido e em formato e recebe a designação de labelo. Nesta é que fica abrigada a coluna e as polínias. Apresentar as polínias, que são massas de pólen, é outra marca distintiva das orquídeas.





Sobre colecionadores e SOBH



Admiradores e cultivadores de orquídeas sempre existiram, mas foi nos séculos XVIII e XIX que surgiram as primeiras comunidades de aficionados. Contribuiu para isto a descoberta nas Américas, e a remessa para o velho continente, de novas espécies de orquídeas muito ornamentais, destacando-se a Cattleya labiata. Verdadeira volúpia pela posse de novidades vindas de longe ocorreu na Europa, com exploradores e coletores de orquídeas percorrendo e devassando todos os continentes, financiados por comerciantes especializados ou por desinteressados mecenas.



No século XIX proliferavam as sociedades científicas na Europa e desse modelo é que surgiram, no século seguinte, as sociedades orquidófilas.



Em Belo Horizonte, no dia 29 de agosto de 1949 29 admiradores das orquídeas fundaram a Sociedade Orquidófila de Belo Horizonte. Com 61 anos de ininterrupta atividade, seus associados reúnem-se todas as quintas-feiras, às 20 horas, na sede do Parque Municipal (entrada pela Alameda Ezequiel Dias) e promovem exposições e mostras com o objetivo supremo de sensibilizar as pessoas para ações de preservação da natureza.